sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nós

Um dia deixei que seu olhar envergonhado e seu sorriso safado me conquistassem.
Desde o primeiro momento desejei que meus lábios te beijassem e que nossos corpos se tocassem.
Seu charme eu não resisti, e acabei te querendo muito antes de te sentir.
Paixão não existiu, mas o amor em nossos corações insistiu.
Tudo aconteceu tão rápido que quando pudemos notar, nossas vidas estavam a se compartilhar.
Completávamo-nos em nossos gestos e gostos, éramos cúmplices através do olhar. O companheirismo estava a vigorar e o respeito entre nós nunca chegou a faltar.
Infelizmente o amor uma hora parece morrer de uma forma bruta e cruel, acabando por desaparecer.
A semente que plantamos, vejo agora pouco a pouco ir murchando.
Desde o começo fui sincera e mesmo assim, hoje você finge não saber quem eu era.
Minha fidelidade, sinceridade e meu companheirismo, muitas vezes parece não bastar e muito mais você insiste em me cobrar.
Com o tempo sua tolerância diminuiu, seu desejo sumiu e a distância entre nós não custou a chegar.
Já não sinto o seu desejo, seu carinho e muitas vezes imploro pelo seu beijo.
Posso sentir sua falta quando não esta, mas sua presença pode me fazer sufocar nos momentos que insiste em me controlar... Sinto faltar o ar.
Como uma marionete você tenta me tornar e não se esforça para do jeito que eu sou me aceitar.
Coisas em mim parecem te incomodar. Minha personalidade forte, meu temperamento difícil, meu jeito livre de ser e de querer viver.
Seu amor já não é o mesmo tornando-se impossível me aceitar como sou.
A paixão praticamente não existiu, e o amor partiu.
Hoje o amor é quase fraterno, sinto que temos que começar do zero.
Só o que me resta é perguntar, por que ainda insisto em te amar?

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