segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ela sendo ela

E lá vem ela...
Cheia de sonhos, vontades, desejos...
Eternamente insatisfeita, querendo sempre mais, mudando o caminho e correndo atrás.
Ela só não sabe do que. Difícil saber já que toda hora ela muda de ideia, de trajeto, colecionando histórias e amigos.
Quer, e não quer mais... mas o que importa é que ela sempre quer mais.
Como acompanhar sua mudança de humor e seu temperamento hostil?
Inquieta, muleca, arteira... Não é criança, mas nem o tempo faz que ela deixe de ser.
Ta aqui, ora ali, ta em todo lugar e as vezes não sai de sua concha, e ainda assim, viaja onde ninguém nunca poderá imaginar.
Desfila, caminha, corre, tropeça, levanta... Não tem limites, nem preconceitos, não difere cor, raça nem gênero.
É tanta inconstância que até o mais lúcido não aguentaria.
Se alimenta de paixões... indecifráveis, intermináveis, inexplicáveis, momentâneas... eternas.
Ama... até demais. 
Ela chega barulhenta, tumultua, bagunça, tsunami em pessoa.
Não sai de cena, a não ser que queira dar um tempo e que em outro lugar já queira estar e assim se fazer sempre presente.









sábado, 7 de novembro de 2015

Não importa como me vê.
Me veja de qualquer forma, me desenhe toda torta, me descreva do avesso.
De certa forma é assim que eu sou.
Estranhamente autêntica e as vezes puramente excêntrica.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A tal felicidade

O que te move?
Seus pensamentos, sua ambição ou somente seus pés?
O que te faz feliz?
Um carro novo, ter companhia, ir à praia mesmo que não saiba nadar, presentes, uma mensagem surpresa no meio do dia, ou simplesmente achar uma grana já esquecida no bolso da calça?
Felicidade pra você é uma coisa eterna, diária, momentânea, palpável ou meramente ilusória?
Por quanto tempo você ainda vai tentar ser feliz fingindo que está feliz?
Sorria e todos acreditarão... Talvez um na multidão enxergue que só o seu olhar diz a verdade e que seus lábios sorriem sem a menor vontade.
Escapar da morte, finalmente estremecer num orgasmo, reencontrar alguém tão querido, sentir a chuva cair devagar... 
Sensações, sentimentos de prazer que nos causam felicidade... Tudo por questão de segundos, minutos, talvez algumas horas...
Pouco tempo perto da eternidade que temos.
Busca constante, tão irrelevante, onde só os infelizes se preocupam.
Quem vive de verdade, sem ligar pra realidade, é feliz com vontade.
Viver procurando, rotulando, questionando, não entende que o segredo é deixar que a felicidade nos encontre, nos afronte.
A máscara um dia cai, a cena uma hora acaba, a lágrima não resiste a cair.
Buscar sempre o que não se tem, almejar o que não te pertence, achar a grama do vizinho mais verde e mais macia que a sua.
Perguntas sem respostas, respostas geralmente sem sentidos, sentidos que buscamos pra encontrar a tal felicidade, em nós ou em outro alguém, e que de tanto procurar acaba por talvez nunca encontrar.


                                                                                     Fernanda Braga



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Mulher bem resolvida?



Feminismo... 

O direito de ser mulher, de ser feminina, como e quando quiser!
Pra isso você não precisa odiar os homens e nem ser sapatão. E nem tão pouco precisa deixar de ser feminina.
Ser feminista significa ser independente, muito bem resolvida.
Mulher que precisa de homem pra andar de carro e pagar suas contas, não é mulher e sim boneca acompanhante (pra não dizer puta dependente).
Querem direitos iguais, mas ainda acham que os homens devem bancar as contas da casa, ser responsável por carregar a camisinha e conhecer seu ponto G mais do que você mesma, acham que é obrigação do cara ligar no dia seguinte????? what?????
Ser feminista pra quem não sabe, significa ter o direito de escolha: escolher quando engravidar, quando e se quiser se maquiar, usar a roupa que lhe convém sem se preocupar se será agredida verbalmente ou fisicamente, escolher sua profissão e ter direito ao reconhecimento (assim como os homens), não ser espancada quando quiser terminar uma relação que não mais lhe agrada, optar em dividir as tarefas de casa com o parceiro, dar pra quem quiser e quando quiser, sem a preocupação de ser julgada como fácil, piranha e vagabunda.
Faça escolhas, aceite e admire seu corpo, tenha voz  própria, ouça a sua voz e suas vontades.
Sim, seja feminista, seja mulher, seja autossuficiente  pra se amar, pra escolher com quem quer ficar, pra se bancar e tomar suas próprias decisões!


                                                                                     Fernanda Braga
  


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Falsa felicidade





Pra todos os lados que eu olho, lá está a tal felicidade.

Se refrescando na piscina, derretendo ao sol, um selfie com 50 amigos, no churrasco da família, no pós sexo, na exibição da roupa nova, sorrisos, e mais sorrisos...

Por um segundo ela parece se congelar e durar uma eternidade.

Porém, no segundo seguinte, ao descongelar, ela se mostra vazia. 

Vemos a lágrima escorrer, a roupa rasgar, o churrasco queimar, o sorriso se desfazer em palavras amargas e duras, o relacionamento sério enfim, não durar.

Tanta perfeição se desfalece.

A maquiagem não mais disfarça.

A realidade grita e a falsa felicidade se mata.


                                                                                                                                                                                                Fernanda Braga

domingo, 21 de dezembro de 2014

Sem frescura




O sexo move o mundo!

Seja nas propagandas, nos filmes, na primeira revista erótica dos rapazes, no assunto principal na mesa de bar, nos milhares de vídeos que rondam o meu, o seu, o nosso whatsApp, enfim, na cabeça de cada ser humano.

Tudo nos leva a pensar em sexo. A blusa decotada, a camisa molhada, a fruta sugestiva, a frase picante, a mordida no lábio provocante, os cabelos esvoaçantes, o beijo quente, a dança envolvente...

Sexo, sexo, sexo...

Soa como algo tão vazio e ao mesmo tempo tão cheio de sentimentos e sensações.

Comece a falar e logo a vontade começa a brotar, pode acreditar.

Talvez esse ano eu tenha falado muito nisso, e mais falado do que feito. O que também não quer dizer nada, já que sabemos comprovadamente que quantidade não quer dizer qualidade. Mas se der pra combinar os dois seria bem interessante rs.

Sexo não tem a ver com amor, sexo tem a ver com tesão!

Hoje em dia o sexo se tornou um assunto banal, todo mundo transa no primeiro encontro, ser virgem passou a ser uma vergonha entre as amigas, todo mundo virou atriz porno (é o que o whatsApp mostra), e permitir a entrada pela porta dos fundos deixou de ser um tabu.

A modernidade ta ai, e não veio pra banalizar, mas sim pra favorecer a intimidade, inclusive dos puritanos. Transem sem pudores, usem seus brinquedinhos, assistam vídeos, filmem o ato (e apaguem depois), falem sacanagem durante o dia, inventem posições, reinventem... Gozem!

Sexo te deixa mais bonita, com bom humor, é o exercício mais prazeroso de todos, e feito com vontade e prazer, preserva muitas relações.

Sexo é vida... Não necessariamente você precisa expor a sua vida. Mas faça sem frescura!


                                                                                                                                                                                                                 Fernanda Braga


domingo, 31 de março de 2013

Feliz dia das mães


Família. Algo que todo mundo tem ou pelo menos deveria ter sempre por perto.

Da família vem nossa história, quem somos e de onde viemos. Praticamente é o nosso RG.

É gostoso ver todo mundo reunido nas festas, inclusive aqueles amigos que acabam sendo adotados por todos e passam naturalmente a fazer parte da família.

As simples reuniões acabam parecendo que são grandes eventos. Gosto da cumplicidade, da troca de fofocas, das deliciosas comidas, da preocupação, da bagunça, das pessoas falando alto e gesticulando com as mãos, das crianças tocando o terror enquanto os adultos conversam. Até as brigas e discussões se tornam essenciais e marcantes. Afinal de contas, que família não briga, não é mesmo?

São essas coisas que fazem a diferença quando estamos longe. Lembrar-se de tudo que você esta abrindo mão por qualquer que seja o motivo. Parece nunca ser o suficiente pra deixar isso de lado.

Mãe. Não tem como não pensar nela, que esta no topo de tudo isso, sempre coordenando tudo, ensinando, observando e administrando pra que tudo sempre esteja bem e que todos estejam juntos.

Nem todas as mães são assim, nem todas têm essa importância ou esse significado. O topo da pirâmide.

Eu vejo a mãe como um norte, como um alicerce, a base de todo ser.

Aquela pessoa que consegue fazer tudo, que sabe sobre tudo, que você olha com orgulho e admiração, aquela que você quer ser quando crescer.

É dela que esperamos um ombro nos momentos de desespero, que levamos um puxão de orelha na hora que erramos feio, que ouvimos as palavras certas, que recebemos o abraço mais acolhedor de todos.

Não é a toa que as mães parecem ter superpoderes. Esperamos que elas sejam fortes e imunes a qualquer coisa. Por alguns momentos esquecemos que são somente e simplesmente, mulheres.



Fernanda Braga


Volta às aulas!


Antigamente, quando as mães não podiam trabalhar fora para se dedicarem exclusivamente a função de “donas de casa”, mães de família e esposas dedicadas, a educação vinda de casa era bem diferente.

A mãe estava presente desde a alimentação saudável ao acompanhamento nas tarefas escolares. Nessa época existia respeito aos pais e seus professores.

Tá certo, a mulher lutou e buscou sua independência. Hoje além de mãe, esposa e dona de casa, ela é também profissional em alguma área. Sou mulher e sinto muito orgulho por isso, embora ainda não tenhamos o valor merecido e isso demore mais alguns milhares de anos pra acontecer.

Infelizmente, parece que a conquista da mulher desequilibrou um pouco o andamento da educação.

A ausência dela em casa, junto aos filhos, fez com que eles crescessem valorizando os bens materiais que seus pais passaram a dar como compensação de sua falta de tempo. As crianças passaram a assistir mais televisão, ficar mais tempo nas escolas e na rua. A professora passou a ser cobrada em dobro, já que a mãe era agora um papel ausente.

Procuro entender por onde anda a educação que vinha de berço.

Devemos culpar as mães que optaram em ser independentes ou os alunos que provavelmente faltaram as aulas de educação?

Pelo que me lembro, na escola aprendemos que “não devemos jogar lixo na rua”, atualmente até a importância de reciclar é ensinada. Somos apresentados as famosas “filas” (que nos acompanham no decorrer de nossas vidas) e que não podemos furá-las, mas sim que devemos respeitar sua ordem. Na escola aprendemos as palavras “mágicas”, por favor, obrigada, com licença e desculpa. O semáforo também é usado pra nos mostrar que no vermelho é onde “paramos” e o verde onde “seguimos”, ahhhh não esquecendo que a faixa de pedestre é onde os pedestres devem atravessar e que a velocidade deve ser respeitada.

Regras básicas, ensinadas ou não por nossas mães, aprendemos com certeza um dia na escola.

O surpreendente é que olhando a nossa volta, temos a impressão de que todos cabularam aulas extremamente importantes para o resto de nossas vidas.

A boa notícia é que sempre esta em tempo para se aprender a matéria “educação”!



Fernanda Braga

Meu guardião


Enquanto estou aqui, deitada, pensando na vida, por um momento não reparo que existe um ser, completamente preocupado com a minha vida.
Quando me dou conta e olho pro lado, vejo meu fiel amigo a me consolar, seja la do que eu esteja precisando, ele aparenta estar disposto a me apoiar e jamais me abandonar.
O meu silêncio deixa ele um tanto apreensivo, não sabe se me afaga ou se me chama pra brincar.
Volta e meia ele ouve um barulho que o atrai, ele não resiste e vai atras, mas não dou um minuto pra que do meu lado ele esteja novamente.
Aquilo me dá um conforto tão grande. É tão bom saber que existe alguém ao seu lado quando você mais precisa, e o melhor é que ele não precisa fazer nada além de estar ali.
Seus olhos me seguem e me observam o tempo todo.
Eu não resisto a tanto amor e me rendo a esse ser tão especial. 
Deixo de lado qualquer coisa que possa roubar meus pensamentos e caio na cama ao lado do que realmente vale a pena.
Encho de beijos e carinhos aquele que com o coração cheio de amor me alegrou nesse lindo domingo.

Fernanda Braga

Junho


É engraçado nascer em época de frio e perceber com o tempo que você prefere o calor.

É estranho nunca ter gostado do frio, mas depois de conhecê-lo melhor, perceber que ele tem seu encanto natural e como num passe de mágica se apaixonar por ele.

Junho me encanta por suas particularidades.

Ele tem som de festa junina com cheiro de pipoca, quentão, vinho quente e milho verde. Tem cara de gente apaixonada. Tem as cores do arco-íris estampadas na parada.

Junho nos traz o inverno. O friozinho bom pra namorar, tomar chocolate quente, ver filme debaixo das cobertas, demorar no banho quente e usar cachecol.

Junho é mês de quase férias, de festas, de namorar.

É um mês aparentemente como outro qualquer, mas foi nele que eu escolhi pra brilhar.


Fernanda Braga