segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lugar algum


Procuro um destino, um momento, uma luz que não esteja no fim.
O que eu procuro na verdade é o meu interior que insiste em se esconder e me deixar assim.
Estou perdida, confusa e aflita, procurando incansavelmente uma saída.
Não vejo luz, mas sinto o calor perto de mim.
Não vejo pessoas, mas ouço vozes tentando me levar ao fim.
Fecho os olhos e tapo os ouvidos fugindo de algo que vem me enloquecendo o juízo.
Meu grito não sai e meu choro é seco e doído.
O espaço parece diminuir e eu desse inferno não consigo sair.
Sem rumo, só o que eu quero é viver a minha vida sem nenhuma despedida!

Fernanda Braga

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